Nota

Orgulho e preconceito

Olá, gente. Para a postagem de hoje escolhi comentar sobre o filme “Orgulho e preconceito” (2005), que é uma adaptação cinematográfica de um dos meus livros favoritos. A história original é uma obra literária clássica, escrita pela autora Jane Ausen.

A protagonista do filme chama-se Elizabeth Bennet (Lizzy). Ela é uma jovem muito crítica, convicta e expõe suas opiniões sem dificuldade, apesar de viver em uma sociedade na qual as mulheres estavam cercadas de rígidas limitações sobre o comportamento adequado. Lizzy tem quatro irmãs, um pai tranquilo e uma mãe que anseia casar suas filhas o mais rápido possível. Nesse cenário também temos o Sr. Darcy, um jovem extremamente exigente com as pessoas ao seu redor.

Eu gosto muito dessa história, pois ela tem personagens difíceis, assim como são as pessoas da vida real rs. A Elizabeth, por exemplo, amadurece bastante durante a narrativa, pois ao julgar demais, ela mal percebia suas próprias contradições. Para mim, o filme traz a reflexão de que eu encarno a Lizzy constantemente, julgo todos/as e não faço meu movimento de autocrítica. Elizabeth vai descobrindo que é tão orgulhosa quanto o Darcy (é sim, gente). Eu lembro, então, que preciso me rever também.

Elizabeth (Keira Knightley) e Darcy (Matthew Macfadyen). O filme foi dirigido por Joe Wright.

~ Se você não conhece a história, vai vir um spoiler (talvez você queira pular este parágrafo). Em um momento Charlotte, a melhor amiga de Lizzy, conta que vai se casar com Sr. Collins. Mas como Lizzy detesta Collins, ela condena sua melhor amiga e joga “um balde de água fria” na felicidade de Charlotte. A questão é: Charlotte já tinha falado que não era romântica. Ela viu que ele não se casaria com nenhuma Bennet, então fez o seu próprio rolê e conseguiu o que queria. Elizabeth foi bastante ríspida nessa parte. Tudo bem que ela não gostava do Collins, mas isso não importava, pois não era ela quem estava casando rs.

Sobre o Darcy, acho que ele também apresenta várias nuances. Mas, ele ficou na desvantagem, pois sempre aparece ao lado de um amigo chamado Sr. Bingley. Este é completamente amável, solícito, agradável e gentil ao ponto de dar um baile apenas para tirar do tédio as irmãs mais novas da família Bennet. O Darcy é arrogante, mas em comparação com um Sr. Bingley, sempre sorridente, é fácil ser considerado chato.

Mas, enfim… “Orgulho e preconceito” é um ótimo filme para assistir quando queremos relaxar, pois ele é leve, delicado e a fotografia é linda. Além disso, tem diálogos bem estruturados que fazem a gente refletir sobre a vida. É uma história que vale a pena. Eu recomendo muitíssimo o filme (tem na Netflix) e o livro também.

Abraços, com amor!

Mariana

Uma família de dois

Uma família de dois

Olá, gente! O texto de hoje será sobre o lindo e apaixonante “Uma família de dois” (2017). É um filme francês dirigido por Hugo Gélin. Eu gostei demais do filme, pois tive a oportunidade de ver uma produção fora dos moldes norte-americanos com os quais estamos tão acostumadas/os que até adivinhamos os acontecimentos. Os filmes franceses têm um modo diferente de criar suas narrativas e demonstram uma sensibilidade única.

A história é sobre Samuel, um homem que vivia em festas e dormia com várias mulheres. Um dia ele foi surpreendido por uma moça chamada Kristin, que entrega para ele um bebê, uma menina chamada Glória, avisando que é filha dele. Kristin foi embora para Londres e Samuel tentou seguí-la, mas acabou gostando muito de Glória e a criou, juntamente com Bernie, um amigo com quem dividia apartamento.

Glória e Samuel, interpretados por Glória Colston e Omar Sy

A história chama atenção, pois demonstra que ninguém é perfeito e a vida pode ser linda, mesmo em meio a incidentes e erros. Percebi que a história humaniza muito cada personagem, fazendo a gente lembrar que todas/os temos nossas falhas e ninguém consegue ser coerente o tempo todo, já que a vida exige uma sagacidade que só quem está na situação entende.

Esse filme faz a gente ter vontade de perdoar as pessoas, reconhecer as qualidades delas e lembra que podemos ser menos egoístas e tentar fazer a vida de quem convive conosco mais feliz, dentro das nossas possibilidades.

Também vale dizer que eu me apaixonei pela atuação de Omar Sy, mais do que em qualquer outro filme com o ator. Ele é incrível, super divertido nas horas cômicas, mas também nos emociona nas cenas mais profundas, enfim: maravilhoso.

Mas, é isso. Eu recomendo muito esse filme 🙂 Ele está disponível no Youtube, gratuito e dublado. Mas, também está no Telecine Play e passa nos canais do Telecine, de vez em quando. Espero que gostem, nos vemos no próximo post.

Beijos!

Mariana Souza

Estrelas além do tempo

Estrelas além do tempo

Olá! Nessas férias, ainda em pandemia, decidi criar uma série de postagens comentando um pouco sobre filmes que eu assisto. Eu gosto muito de observar detalhes, paletas de cores, figurinos, trilha sonora e perceber conexões com a vida real e as histórias cinematográficas.

Para nossa primeira conversa, escolhi uma narrativa real que foi transformada em filme: “Estrelas além do tempo” (2017). Esse é um longa, que se passa em 1961, durante a corrida espacial disputada pelos Estados Unidos e União Soviética. As protagonistas são Katherine, Dorothy e Mary, três mulheres negras que trabalhavam na NASA, durante a segregação racial. Esse filme chamou minha atenção, pois é uma produção que trata de um assunto sério, de modo sensível e leve, o que considero um feito e tanto.

Mary Jackson (Janelle Monáe), Katherine Johnson (Taraji P. Henson) e Dorothy Vaughn (Octavia Spencer)

Eu fiquei bastante contente com a representativide do filme, pois pude ver mulheres negras com um figurino lindo, vivendo personagens que demonstram beleza, inteligência, integridade e dignidade, coisas que superam vários estereótipos sobre as mulheres negras em produções culturais.

Além disso, o filme trouxe imagens dessas personagens em vivências afetivas, com uma amizade incrível, como também em romances e relações de comunhão na igreja. Parece algo simples, mas é impactante demonstrar que nossa trajetória, enquanto pessoas pretas, não é só ser alvo de violência, mas também têm momentos de vitórias e alegrias, apesar do racismo.

E por falar nisso, eu me identifiquei quando vi as protagonistas enfrentando o racismo em espaços de produção de conhecimento. O filme conseguiu revelar como lidamos com pessoas duvidando da nossa capacidade ou incomodadas com a nossa presença em determinado lugar. Acredito que a arte realmente pode ajudar a sensibilizar sobre situações de injustiça.

Como cristã, também pude sorrir com cenas nas quais Katherine, Dorothy e Mary recebem o apoio da igreja local, em relação ao trabalho delas. Em uma cena, o pastor diz algo parecido com “Deus colocou nossas mulheres para lançarem foguetes ao céu.” Assistir isso foi bastante significativo para mim.

Mas, é isso! Esse filme é incrível e eu recomendo muitíssimo. Espero que gostem e se identifiquem com algum aspecto dele.

Beijos!

Mariana Souza

Nota

Sobre o filme “Brooklyn”

Talvez esta resenha esteja atrasada, mas a necessidade de escrever sobre o filme “Brooklyn” me trouxe aqui. Só fui descobrir essa obra cinematográfica no fim do ano passado e fiquei feliz de assistir apenas em Dezembro de 2019. Para mim, foi o momento certo.

brooklyn

A história se passa no início dos anos 1950 e tem como protagonista uma jovem chamada Ellis. De temperamento doce e gentil, a personagem abandona sua vida monótona na Irlanda e muda-se para a América. Ellis tem amor profundo por sua mãe e irmã, mas se permitiu viver a aventura de morar em outro lugar mais promissor. Eu também estou prestes a encarar uma mudança bem grande que irá redefinir muitas coisas em minha vida. Então acabei guardando algumas lições do filme para minha nova experiência morando em outra cidade.

“Brooklyn” me atravessou muito intensamente. Primeiro, juguei a protagonista, pois discordei de algumas ações dela. Mas, depois de pensar muito, consegui ser mais compreensiva e entendi a situação.

Eu só achei que a história romantiza um pouco a vida na América, como se fosse algo maravilhoso demais. Também tem a questão dos privilégios… A protagonista branca e europeia recebeu até um “Bem vinda” do cara da imigração. Que outra pessoa estrengeira tem esse tratamento? Mas, OK.  Além disso, achei que Ellis poderia ter sido mais legal com a garota nova que foi morar no mesmo pensionato que ela, pois sabia o quão difícil é a fase de adaptação em um novo país. Para fechar, a minha outra questão foi com a forma brusca na qual Ellis foi embora pela segunda vez. Acho que ela poderia ter ficado mais um tempo com sua mãe até que ambas se sentissem mais estáveis emocionalmente. No mais, a fotografia e o figurnino são impecáveis e tornam a obra ainda mais gostosa de assistir.

Agora, vou compartilhar dois trechos de diálogos do filme:

“O segredo é fingir que sabe o que está fazendo.”

“Sentirá tanta saudade que vai querer morrer, e não há nada que possa fazer a respeito, além de esperar. Mas vai esperar. E isso não vai te matar. E um dia, o sol sairá. Talvez não note de imediato, mas vai sentir. E logo se dará conta de que está pensando em algo mais. Em alguém que não tem ligação com o passado. Alguém que é só seu. E então vai perceber… que este é o lugar onde sua vida está.”

Assistam a esse filme incrível!

Beijos!

Com amor!

Mariana